sábado, 29 de setembro de 2012

Video.

Achei um video de um ex-torturado pela Ditadura, em uma visita ao Museu da Liberdade em São Paulo. 

Monumento Tortura Nunca Mais.

O Monumento Tortura Nunca Mais é um monumento localizado na Praça Padre Henrique na cidade do Recife, Pernambuco. Foi o primeiro monumento construído no país em homenagem aos mortos e desaparecidos políticos brasileiros.
Sua construção foi decorrente de um concurso público realizado pela prefeitura do Recife em 1988, que previa não só a construção de um monumento que emblemasse as condições de tortura  e desrespeito a dignidade da pessoa humana as quais a população esteve sujeita durante o regime militar, como toda a revitalização do local.
Foi inaugurado em 27/08/1993.


Ditadura e Tortura.

O Brasil vivenciou de 1964 a 1985 o Regime Militar, grande parte do qual caracterizado por ser um "regime de exceção". Instalado pela força das armas, o regime derrubou um presidente civil e interveio na sociedade civil. Usou de instrumentos jurídicos intitulados "atos institucionais", através dos quais procurou-se legalizar e legitimar o novo regime. A sombra mais negra veio com a prática disseminada da tortura, utilizada como instrumento político pra arrancar informações e confissões de estudantes, jornalistas, políticos, advogados, cidadãos, enfim, todos que ousavam discordar do regime de força então vigente. A praga a ser vencida, na ótica dos militares, era o comunismo, e subversivos seriam todos os que ousassem discordar. Foi mais intensamente aplicada de 1968 a 1973, sem deixar de estar presentes em outros momentos.
A ditadura não inventou a tortura, mas exacerbou-a. E adotou essa prática de modo intenso, aprimorando os mecanismos já utilizados nos períodos anteriores a sua instalação.
Com a redemocratização, consagrada na Constituição de 1988, como seu documento político, o povo brasileiro cuidou de explicitar como desejaria a ver organizado em um Estado Democrático de Direito. Por isso se tem uma Constituição onde os direitos e garantias fundamentais principiam o texto constitucional, e são detalhados e extensos: pra serem conhecidos, pra serem garantidos e pra serem respeitados.
Hoje não se fala mais em prática de tortura por delitos de opinião, ou crimes políticos. Mas a tortura vem sendo permanentemente denunciada como sendo prática ainda utilizada em larga escala pelas polícias militares e civis, em situações corriqueiras de fatos do cotidiano.

sábado, 1 de setembro de 2012

Golpe Civil Militar.

Como vimos nas aulas de História, o golpe dos militares sobre o presidente Jango ficou conhecido como Golpe Civil Militar, porque envolveu grande número da população, igreja e claro, os militares.
A princípio o golpe foi visto como uma coisa boa, mas depois a coisa piorou, e piorou bastante.
Houve muitas torturas nos "anos de chumbo". As torturas começaram no ano de 1968, o início do período mais duro do regime militar. As torturas eram usadas na maioria das vezes pra tirar informações das pessoas envolvidas com a luta armada.
Entre as torturas, fiz uma lista com as mais conhecidas.

Arquitetura da dor: Torturadores abusavam de choques, porradas e drogas pra conseguir informações.

Cadeira do dragão: Era uma espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado, o zinco transmitia choques por todo o corpo.

Pau-de-arara: Uma barra de ferro era atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado. Essa posição causa dores atrozes no corpo, e os presos ainda sofriam com choques e queimaduras de cigarro.

Choques elétricos: As máquinas usadas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões.

Espancamentos: Vários tipos de agressões físicas eram combinadas a outras formas de tortura. Uma das mais cruéis era o "telefone". Esse golpe podia deixar a pessoa surda.

Soro da verdade:  O soro era uma droga injetável que provocava na vítima um estado de sonolência e reduzia as barreiras inibitórias, com isso a pessoa poderia contar o que normalmente não contaria.

Afogamentos: Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira dentro da boca do acusado pra obrigá-lo a engolir água. Outro método era afundar a cabeça do preso em tanques ou baldes com água.

Geladeira: Os presos ficavam numa cela pequena em que não conseguiam ficar de pé. Depois os torturadores alternavam um sistema de refrigeração super frio e um sistema de aquecimento que produzia um calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam barulhos irritantes. Os presos ficavam na geladeira por dias, sem água e comida.

E vale a pena lembrar que ninguém acusado de torturar presos políticos durante a ditadura militar chegou a ser punido. E em 1979 o Congresso aprovou a Lei da Anistia, que determinou que todos os envolvidos em crimes políticos, inclusive os torturadores, fossem perdoados pela justiça.