sábado, 27 de outubro de 2012

Dilma Rousseff na Ditadura.

A presidente Dilma foi torturada na época da Ditadura em Juiz de Fora (MG), Rio de Janeiro e em São Paulo. Em Minas, ela foi colocada no pau de arara, apanhou de palmatória, levou choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária. Isso é o que revelam os documentos obtidos com exclusividade pelo Estado de Minas, que até então mofavam na última sala do Conselho dos Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG).
O depoimento de Dilma foi o único que mereceu uma cópia entre os mais de 700 processos de presos políticos mineiros analisados pelo Conedh-MG. No testemunho, ela relata todo o sofrimento vivido em Minas na pele da militante política de codinomes Estela, Stela, Vanda, Luíza, Mariza e Ana. Ela contava então com 22 anos e militava no setor estudantil do Comando de Libertação Nacional (Colina), que mais tarde se fundiria com a Vanguarda Popular Revolucionária, dando origem a VAR-Palmares.
As terríveis sessões de tortura enfrentadas pela então jovem estudante subversiva já foram ditas e repisadas ao longo dos últimos anos, mas relatos sempre se referiam ao eixo Rio-São Paulo, envolvendo a Operação Bandeirantes, a temida OBAN de São Paulo. Já o episódio da tortura sofrida em Minas, onde segundo ela própria exerceu 90% de sua militância durante da Ditadura, tinha ficado no esquecimento.
Dilma disse: "No início, não tinha rotina. Não se distinguia se era dia ou noite. Geralmente, o básico era o choque. E se o interrogatório fosse de longa duração, com interrogador experiente, ele te botava no pau de arara alguns momentos e depois levava para o choque, uma dor que não deixa rastro, só te mina. Muitas vezes usava a palmatória, usaram em mim muita palmatória."
Quando Dilma ficou presa possivelmente no quartel da Polícia do Exército, foi submetida a péssimas condições carcerárias, por dois meses. Nesse período foi mantida na clandestinidade e jogada numa cela, onde permaneceu na maior parte do tempo sozinha.
Pesquisando sobre as torturas que Dilma sofreu, e foram muitas, fiquei com pena. Ela sofreu uma coisa pior que a outra. Mesmo com ela tendo hemorragias no útero, ela sofreu tortura. E o fato dos dentes dela serem um pouco para fora foi por causa de ter levado socos no maxilar. Em um dos socos, o dente se deslocou e apodreceu. Um tempo depois disso, um capitão do DOI-Codi de São Paulo terminou o serviço. Deu um soco e o dente caiu.
Dilma ficou presa por 3 anos. Passou frio, fome, dor e solidão.

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